Avaliação Individual da Acção - Formação Pessoal e Preparação para a Vida Activa
Como podem as Pessoas, incluindo as que têm NEE, serem
preparadas para a Vida como adultos e membros plenos da nossa
Sociedade? Quando atingem a etapa da Independência, estes jovens
terão de ter usufruído das oportunidades educativas mais relevantes e
possuir Formação qualificada para poderem exercer os seus direitos de
cidadania. Existem aspectos que necessitam de ser considerados na
transição, tendo em conta problemas existentes, relacionados com este
conceito de transição. Como dá para verificar, pela complexidade que
existe em todo este processo, será útil ter determinados
procedimentos que irão facilitar a inserção plena do jovem com
necessidades educativas especiais na Sociedade e no mundo do Trabalho.
Os alunos que integram programas, como o de "Transição Para A
Vida Activa", devem aproveitar e sorver todos estes recursos que lhes
permitem uma Formação sustentada, mas por diversas razões, estes
alunos apresentam grandes dificuldades de aprendizagem no currículo
escolar regular. Na maioria dos casos, são alunos que têm
dificuldades na leitura, na escrita, na interpretação e, ainda, no
domínio da motricidade. Adoptam, assim, comportamentos defensivos e
de auto-marginalização (às vezes com sinais de violência), face à
falta de competências para uma perfeita socialização. Não ramente, o
contexto familiar e económico em que vivem também é deficitário a
vários níveis. O apoio que recebem na escola é, pois, fundamental
para que estes alunos se sintam pessoas, capazes de aprender a
comunicar apesar das suas contrariedades naturais. Encaminhados para
currículos alternativos, com programas e disciplinas que permitem
amplificar as suas qualidades, a inserção da Vida Activa a partir do
contexto escolar proporciona a estes alunos novas perspectivas de
Vida. As Pessoas com Deficiência não recebem as qualificações
requeridas para o emprego e a Formação necessita de ser mais adquada
e ajustada às actuais exigências do mercado de Trabalho.
Será necessário uma política activa que promova um aumento da
oferta. Isto requer investimentos na capacidade física, nos
conhecimentos e nas competências. Desta forma, as Pessoas com
Deficiência devem ter um papel proactivo no planeamento do seu
próprio futuro.
«Não se pode ensinar tudo a alguém mas pode-se ajudá-lo a
encontrar-se por si mesmo»
Galileu Galilei
Autoria: Hélder Príncipe (Auxiliar de Educação Especial e Reabilitação)
Data; Janeiro de 2008